Ah, o sono! Essa maravilha da vida que nos permite descansar, recarregar as energias e sonhar com coisas incríveis [só às vezes, afinal, a gente bem sabe a beleza que é uma noite insone, sqn].
Mas, você sabia que a cannabis tem sido objeto de estudos sobre seus efeitos na qualidade do sono? Pois é!
Neste artigo, vamos explorar a relação entre os canabinóides e a arquitetura do sono, para que você possa entender melhor como esse fitoterápico pode influenciar suas noites de descanso.
Então, prepara o pijama e a pantufa, porque vamos nessa!
A importância do sono para a saúde e bem-estar
Antes de mergulharmos na influência dos canabinóides no sono, vamos lembrar o quão essencial é uma boa noite de descanso [quando você não está ligado no 220 às duas da manhã absolutamente do nada].
O sono e a vigília representam um ciclo fisiológico fundamental para a vida, envolvendo uma complexa interação neuroquímica e neuroanatômica com os demais sistemas do corpo, como o endócrino, respiratório e cardíaco.
Quando nosso sono está desregulado, todo o nosso organismo pode ser afetado [mas alguma coisa me diz que isso, você já sabe!].
A arquitetura do sono: conheça seus estágios
Agora, vamos entender um pouquinho sobre a arquitetura do sono.
O sono normal é composto por dois estágios principais: o sono com movimentos rápidos dos olhos (REM) e o sono de ondas lentas ou não REM (NREM).
O NREM apresenta ondas cerebrais fortes e de baixa frequência e representa a maior parte do período do sono em adultos.
A regulação dessas áreas ocorre através da ação de neurotransmissores inibitórios, como a galanina e o ácido gama-aminobutírico.
A desregulação desse ciclo explicado acima certamente afeta as funções do sistema nervoso central.
Em geral, a vigília prolongada está associada a atividades comportamentais anormais e irregularidade do processo do pensamento e formação de memória.
Além disso, a degradação do desempenho cognitivo e físico, da produtividade global e da saúde de uma pessoa são possíveis resultados de restrições moderadas de sono por alguns dias.
Existem algumas partes do nosso cérebro que são responsáveis pelo sono e pela vigília [sim, a própria, ela mesmo: a insônia].
Para nos ajudar a dormir, temos substâncias chamadas neurotransmissores inibitórios, como a galanina e o ácido gama-aminobutírico (GABA), que nos ajudam a relaxar e a pegar no sono.
Já para ficarmos acordados e alertas, temos outras substâncias que excitam alguns neurônios em áreas do nosso cérebro, como o tálamo, o hipotálamo e o prosencéfalo.
Sistema endocanabinóide: força central do CBD
Existe um sistema muito especial no nosso corpo chamado sistema endocanabinóide.
Ele é responsável por ajudar a regular várias situações importantes no nosso cérebro e no nosso corpo e por isso, é formado por substâncias e receptores especiais.
Pra te explicar: os receptores são como pequenos botões espalhados pelo nosso cérebro e pelo nosso corpo que ajudam a transmitir mensagens e controlar fatores como a dor, a memória, a forma como nos sentimos emocionalmente e até mesmo o nosso sono.
Alguns desses receptores, chamados de CB1, estão principalmente no cérebro, em lugares como o tálamo, o hipotálamo, o córtex cerebral, o hipocampo, o sistema límbico e os gânglios da base.
Outros receptores, chamados de CB2, estão mais nas partes periféricas do corpo.
Esses receptores são muito importantes para ajudar a regular o sono pois como eu já te disse, estão localizados em lugares específicos do cérebro, como a ponte e o prosencéfalo basal, responsáveis por nos ajudar a dormir.
Além disso, eles também se relacionam com outros neurônios que transmitem serotonina, outra substância que ajuda no sono.
Tudo isso é parte do ciclo do sono-vigília, que regula quando estamos acordados e quando estamos dormindo.
A descoberta desse sistema endocanabinóide foi muito importante para a ciência e a medicina, pois nos dá novas perspectivas para entender como nosso cérebro funciona e como podemos tratar certos problemas de saúde mental.
Papel terapêutico dos canabinóides na insônia:
Os canabinóides, são substâncias encontradas na cannabis, como o THC e o CBD.
No estudo que analisou esses canabinóides, descobriu-se que o CBD age como um tipo de bloqueador do receptor CB1 e estimula um subtipo de receptor chamado 5-HT. Já o THC tem uma maior afinidade com o receptor CB1.
Além disso, o CBD também tem propriedades medicinais, como aliviar dores, reduzir inflamações, ajudar no combate à depressão e reduzir a ansiedade.
Por outro lado, o THC reduz o tempo que demoramos para pegar no sono, o aumentando através de ondas lentas e pode diminuir o sono REM e sua intensidade.
No entanto, esses efeitos podem variar dependendo da dose usada.
Isso porque, doses baixas do THC podem ter um efeito sedativo, enquanto doses altas podem causar efeitos psicóticos.
Em alguns estudos feitos com pessoas que têm dificuldades para dormir, eles receberam um medicamento chamado CBD em diferentes doses (40, 80 e 160mg), um placebo (uma substância sem efeito) e outro medicamento chamado nitrazepam.
Cada pessoa recebeu um tratamento diferente durante uma semana, e ninguém sabia qual estava recebendo.
Assim, quando compararam as pessoas que receberam o CBD em doses de 160mg com aquelas que receberam o placebo, eles viram que aquelas que tomaram o CBD tiveram um aumento significativo no tempo de sono, chegando a mais de 7 horas.
Esses estudos nos ajudam a entender como diferentes substâncias podem afetar o nosso sono.
Conclusão
Em conclusão, os canabinóides encontrados na cannabis, como o THC e o CBD, têm demonstrado influenciar a arquitetura do sono. [olha que notícia boa!]
O CBD, promove um sono de melhor qualidade, reduzindo a ansiedade e melhorando a duração do sono. [CBD seu lindo!]
Embora a cannabis tenha um papel promissor no tratamento de distúrbios do sono, é importante ressaltar que cada pessoa pode reagir de forma diferente aos canabinóides, e por isso a consulta médica é de extrema importância [além de essencial para a importação de CBD no Brasil]. Só o médico, após a devida anamnese, vai poder analisar cada caso e avaliar a melhor prescrição.
Vamos continuar o assunto nos comentários? Deixe seus insights e dúvidas pra gente seguir com o papo.
Até mais!